Colunas

Notícia boa para os produtores rurais já para o trabalhador

COLUNISTAS-PERFIL-LEONY-

 

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou dia 30/06 a ampliação do limite de financiamento para várias linhas de crédito rural no âmbito do Plano Safra 2016/17. Todos os limites anunciados ainda pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff foram alterados, e as regras passam a valer a partir doa dia 01 de julho, início oficial do calendário agrícola 2016/17.

 

Em primeiro lugar, o CMN aumentou os tetos de receita bruta para enquadramento de produtores da agricultura empresarial. Os médios produtores passam a ser enquadrados como aqueles com faturamento bruto anual entre R$ 360 mil e R$ 1,760 milhão – antes era enquadrados como tal produtores com faturamento até R$ 360 mil. E passam a ser considerados como grandes produtores rurais aqueles com faturamento acima de R$ 1,760 milhão e não mais acima de R$ 1,6 milhão como antes.

 

Pelas novas regras aprovadas, o limite para crédito de custeio rural com recursos controlados aumentou de R$ 1,2 milhão para R$ 3 milhões por produtor e por safra, sendo que 60% desse montante terá que ser contratado junto a instituições financeiras até 31 de dezembro de 2.016 e os 40% restantes entre primeiro de janeiro de 2.017 e 30 de junho de 2.017. Na prática, essa medida beneficia, agricultores sobretudo da região Centro-Oeste, onde as propriedades rurais são de maior extensão. Eles reivindicavam desde a Safra 2015/16 um limite maior para custeio agrícola.

 

Entretanto, as novas medidas deixam claro que, para a apuração do limite de financiamento para custeio com recursos controlados, não serão consideradas as operações de crédito com recursos constitucionais e nem da emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).

 

O limite de financiamento no Pronamp, linha de crédito voltadas para médios produtores, também aumentou de R$ 710 mil para R$ 1,5 milhão por produtor, desde que 60% desse volume sejam contratados entre primeiro de julho a 31 de dezembro deste ano e os 40% restantes, entre primeiro de janeiro a 30 de junho de 2.017.

 

“Estamos trazendo os limites para custeio em R$ 3 milhões e deixando mais livre para o produtor usar da forma que achar melhor”, disse o coordenador de Crédito Rural do Ministério da Fazenda, Francisco Erismar.

 

O CMN também regulamentou no mesmo dia o Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17, que prevê juros menores para a produção de alimentos básicos.

 

Mercado de trabalho – notícia ruim para o trabalhador: Analista se mantém inalterados ao cenário para o mercado de trabalho. Esperam que a taxa de desemprego média fique em torno de 11,6% em 2016 e em torno de 13,5% em 2017. O aumento da taxa de desemprego com relação a 2015 ainda reflete os equívocos da política econômica do governo anterior, já que o mercado de trabalho apresenta defasagens dentro de determinado ciclo econômico.

 

Política Fiscal – O Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que propõe a criação de um teto para os gastos primários da União colocará as despesas em proporção do PIB em trajetória cadente, porém sua eficácia se dará apenas no longo prazo. Assim, é importante que o prazo original da proposta seja mantido e o governo também busque uma política de desmobilização de ativos para ajudar na redução da dívida bruta.

 

Atividade Econômica – Ainda são muitos os entraves à recuperação da economia. Ao mesmo tempo, há sinais de estabilização da queda de atividade, reduzindo as preocupações com relação ao fundo do poço ser ainda mais profundo. Os indicadores de abril confirmaram que o ritmo de queda da atividade está apresentando relativa estabilização, com o PIB do 2016 devendo registrar contração de 0,9% na margem, mas sem a expectativa de contrações abruptas à frente.

 

Crescimento: Para 2017 estão sendo mantidas a estimativa de crescimento do PIB de 2,1%, com crescimento de 0,5% para a absorção doméstica. Vale lembrar que nesse cenário base prevê que por trás da recuperação da atividade econômica tem que: i) recuperação da confiança dos agentes econômicos a partir da volta do tripé macroeconômico; ii) redução da taxa de juros real para abaixo do patamar neutro ao longo dos próximos meses e iii) manutenção de taxa de câmbio real em patamar relativamente depreciado ou pelo menos não apreciado.

 

Inflação:  Adicionalmente estão sendo revistas para cima nossa as estimativa para a inflação IPCA em 2016, a despeito do cenário central de continuidade do processo de desaceleração da taxa de inflação. Nos últimos meses os preços têm sido impactados por uma série de choques não relacionados ao processo de formação de preços. Assim, revisamos nossa estimativa para o IPCA em 2016 de 7,1% para 7,5%. Para 2017, revisamos a expectativa para a inflação de 4,9% para 5,0% por conta de estimativa de maior inércia inflacionária oriunda de maior inflação em 2016.

 

Taxa Selic: Por fim, considerando o cenário macroeconômico e as primeiras manifestações da nova equipe econômica, em especial do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, está inalterada a previsão de forte redução da taxa de juros ao longo de 2017. Acreditam que a taxa Selic atingirá 9,75% a.a. e ficará abaixo do nível neutro a fim de estimular a atividade econômica. No entanto, esta sendo visto como muito provável que o ciclo de afrouxamento da politica monetária comece apenas na reunião de 19 de outubro (a taxa Selic terminaria 2016 em 13,25% a.a).

 

Relatório Focus:

 

RELATÓRIO ” FOCUS ” 08.07.2016

 

EXPECTATIVAS DE MERCADO

 

PROJEÇÃO 2016

 

PROJEÇÃO 2017

 

MEDIANA AGREGADO =

 

 

Há 4 semana

 

 

Há 1 semana

 

 

Hoje

 

 

Há 4 semana

 

 

Há 1 semana

 

 

Hoje

 

IPCA %

7,19

7,27

7,26

5,50

5,43

5,40

EGP-DI %

7,97

8,61

9,20

5,60

5,56

5,57

IGP-M %

7,95

9,32

9,23

5,67

5,62

5,66

IPC-Fipe %

7,39

7,30

7,54

5,25

5,50

5,30

Câmbio fim de período

3,65

3,46

3,40

3,81

,70

3,55

3,65

3,65

3,51

3,47

3,79

3,61

3,53

Meta Selic – fim período % a.a.

13,00

13,25

13,25

11,25

11,00

11,00

Meta Selic – média do período %a.a.

13,97

14,06

14,06

11,65

11,67

11,67

11,67

43,00

43,90

44,00

47,00

48,31

48,66

PIB % de crescimento

(-)3,60

(-)3,35

(-)3,30

1,00

1,00

1,00

Produção Industrial % de crescimento

(-)5,87

(-)5,90

(-)5,80

0,80

0,90

0,67

 

Produção Industrial Nula: Em maio de 2016, a produção industrial nacional mostrou variação nula (0,0%) frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após assinalar resultados positivos em março (1,4%) e abril (0,2%). Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou queda de 7,8% em maio de 2016, 27ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a observada em abril último (-6,9%).

 

Assim, no índice acumulado para os cinco primeiros meses de 2016, o setor industrial assinalou redução de 9,8%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com a queda de 9,5% em maio de 2016, praticamente repetiu o recuo de 9,6% registrado nos meses de março e abril de 2016, quando mostrou a perda mais intensa desde outubro de 2009 (-10,3%). A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) pode ser acessada no IBGE.

 

Poupança:

 

 

 

09/07/2016  

0,2110  

0,5000  

0,7121  

     
 

10/07/2016  

0,1686  

0,5000  

0,6694  

     
 

11/07/2016  

0,1627  

0,5000  

0,6635  

     
 

12/07/2016  

0,1913  

0,5000  

0,6923  

     
 

13/07/2016  

0,2121  

0,5000  

0,7132  

     
 

14/07/2016  

0,1935  

0,5000  

0,6945  

     
 

15/07/2016  

0,1825  

0,5000  

0,6834  

     
 

16/07/2016  

0,2206  

0,5000  

0,7217  

     
 

17/07/2016  

0,1786  

0,5000  

0,6795  

     
 

18/07/2016  

0,1521  

0,5000  

0,6529  

     
 

19/07/2016  

0,1901  

0,5000  

0,6911  

     
 

20/07/2016  

0,2304  

0,5000  

0,7316  

     
 

21/07/2016  

0,2169  

0,5000  

0,7180  

     
 

22/07/2016  

0,2135  

0,5000  

0,7146  

     
 

23/07/2016  

0,2057  

0,5000  

0,7067  

     
 

24/07/2016  

0,1925  

0,5000  

0,6935  

     

 

Leonyr Jacomel

Deixe seu comentário

Comentário

America/Sao_Paulo aqui