63.800 Trabalhadores não sacaram o PIS/PASEP
PIS/PASEP: 63.800 trabalhadores ainda não sacaram o PIS/PASEP. O novo prazo para saque estende-se até 30 de dezembro. Quem quiser saber se tem direito basta estar munido do número do PIS/PASEP ou do CPF e fazer a consulta via internet. Outras informações poderão ser obtidas através do telefone 0800-726-02-07 da Caixa e 0800-729-00-01 do Banco do Brasil SA.
POLÍTICA FISCAL – Analistas revisaram a projeção para o resultado primário do setor público consolidado em 2016 de déficit R$ 170,0 bilhões para R$ 150,0 bilhões, abaixo da meta de -R$ 163,9 bilhões devido à entrada de recursos com o projeto de repatriação. Para 2017, um novo projeto de repatriação poderá trazer recursos de forma a garantir o cumprimento da meta de déficit primário de R$ 139,0 bilhões.
Relatório Focus:
RELATÓRIO ” FOCUS ” 11.11.2016
|
||||||
EXPECTATIVAS DE MERCADO
|
PROJEÇÃO 2016
|
PROJEÇÃO 2017
|
||||
MEDIANA AGREGADO = |
Há 4 semana
|
Há 1 semana
|
Hoje
|
Há 4 semana
|
Há 1 semana
|
Hoje
|
IPCA % |
7,01 |
6,88 |
6,84 |
5,04 |
4,94 |
4,93 |
EGP-DI % |
7,52 |
7,30 |
7,06 |
5,50 |
5,38 |
5,30 |
IGP-M % |
7,75 |
7,53 |
7,36 |
5,46 |
5,36 |
5,33 |
IPC-Fipe % |
6,70 |
6,61 |
6,59 |
5,32 |
5,32 |
5,06 |
Câmbio fim de período |
3,25 |
3,20 |
3,22 |
3,40 |
3,39 |
3,40 |
Câmbio média do período |
3,43 |
3,43 |
3,43 |
3,36 |
3,31 |
3,32 |
Meta Selic – fim período % a.a. |
13,50 |
13,50 |
13,75 |
11,00 |
10,75 |
10,75 |
Meta Selic – média do período %a.a. |
14,13 |
14,13 |
14,16 |
11,63 |
11,63 |
11,63 |
11,67 |
45,00 |
45,15 |
45,42 |
49,90 |
49,80 |
50,10 |
PIB % de crescimento |
(-)3,19 |
(-)3,31 |
(-)3,37 |
1,30 |
1,20 |
1,13 |
Produção Industrial % de crescimento |
(-)6,00 |
(-)6,00 |
(-)6,06 |
1,11 |
1,11 |
1,11 |
Conforme relatório FOCUS acima estamos vivenciando um clima mais animador para o crescimento industrial em 2.017, observe que a produção industrial tende a crescer positivamente no próximo ano.
PRIMEIRA PREVISÃO DE SAFRA PARA 2017 DO IBGE PREVE AUMENTO DE 13,9%:
Estimativa de OUTUBRO para 2016 |
183,8 milhões de toneladas |
Variação OUTUBRO 2016/ |
-0,1% (-153,7 mil toneladas) |
Variação safra 2016/safra 2015 |
-12,3% (-25,9 milhões de toneladas) |
Primeiro prognóstico da safra de 2017 |
13,9% (+25,6 milhões de toneladas) |
O primeiro prognóstico para a safra de 2017 aponta uma produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 209,4 milhões de toneladas, 13,9% acima da safra de 2016. Este aumento deve-se às maiores produções previstas em todas as regiões: Norte (7,0%), Nordeste (51,0%), Sudeste (10,3%), Sul (5,5%), Centro-Oeste (18,7%).
Já a décima estimativa para a safra de 2016 totalizou 183,8 milhões de toneladas, com queda de 12,3% em relação a 2015 (209,7 milhões de toneladas). A área a ser colhida (57,2 milhões de hectares) é 0,7% menor que a do ano anterior. O arroz, o milho e a soja, três principais produtos deste grupo, representam 92,5% da estimativa da produção e respondem por 87,8% da área a ser colhida. Em relação a 2015, a área da soja cresceu 2,8% e as áreas do milho (-1,3%) e do arroz (-10,2%) se retraíram. Quanto à produção em relação a 2015, as três avaliações foram negativas: soja (-1,5%), arroz (-15,5%) e milho (-25,5%).
COMÉRCIO VAREJISTA RECUA 1,0% SEGUNDO IBGE:
Em setembro de 2016, o comércio varejista recuou 1,0%, em volume de vendas, frente ao mês imediatamente anterior, terceiro resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando perda de 2,4% de julho a setembro. A receita nominal, também na série livre de influências sazonais, recuou 0,3%, após oito taxas positivas seguidas, período que acumulou ganho de 4,6%.
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o volume total das vendas no varejo registrou queda de 5,9% em setembro de 2016, 18ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Assim, os índices para o volume do comércio varejista também foram negativos para o acumulado dos nove primeiros meses do ano (-6,5%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior.
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 6,6% em setembro de 2016, reduziu o ritmo de queda frente ao registrado em julho (-6,8%) e em agosto (-6,7%). Para esses mesmos indicadores, a receita nominal de vendas prosseguiu registrando variações positivas: 5,7% contra setembro de 2015; 5,1% no acumulado do ano; e 4,4% em 12 meses, respectivamente.
O comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, ficou praticamente estável (-0,1%) em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, após sequência de seis quedas, acumulando perda de 6,5% entre março e agosto. A receita nominal ficou em 0,3%. Em relação a igual mês do ano anterior, o varejo ampliado registrou queda de 8,6% para o volume de vendas e de -0,3% para receita nominal. No que tange às taxas acumuladas, os resultados foram: -9,2% no acumulado do ano e de -10,0% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de -0,6% e -1,6% para a receita nominal, respectivamente.
COPOM REDUZ TAXA SELIC PARA 14,00% AO ANO:
O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 14,00% a.a., sem viés.
O cenário básico do Copom pode ser resumido pelas seguintes observações: O conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom sugere atividade econômica um pouco abaixo do esperado no curto prazo, provavelmente em virtude de oscilações que normalmente ocorrem no atual estágio do ciclo econômico.
A evidência disponível é compatível com estabilização recente da economia brasileira e possível retomada gradual da atividade econômica. A economia segue operando com alto nível de ociosidade;
No âmbito externo, o cenário ainda apresenta interregno benigno para economias emergentes. No entanto, as incertezas sobre o crescimento da economia global e, especialmente, sobre a normalização das condições monetárias nos EUA persistem;
A inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência da reversão da alta de preços de alimentos;
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus para 2017 recuaram para em torno de 5,0% desde o último Copom e do Relatório de Inflação (RI) do terceiro trimestre, e seguem acima da meta para a inflação, de 4,5%. As expectativas para 2018 e horizontes mais distantes já se encontram em torno desse patamar.
As projeções do Copom para a inflação de 2016 nos cenários de referência e mercado recuaram desde a divulgação do último RI e encontram-se em torno de 7,0%. No horizonte relevante para a condução da política monetária, o comportamento das projeções em relação ao RI mais recente variou conforme o cenário.
No cenário de referência, a projeção para 2017 recuou para aproximadamente 4,3%, enquanto que a projeção para 2018 encontra-se em torno de 3,9%. No cenário de mercado, a projeção para 2017 manteve-se praticamente inalterada em torno de 4,9% e a projeção para 2018 aumentou para aproximadamente 4,7% – ambas acima da meta para a inflação para esses dois anos-calendário, de 4,5%.
O Comitê identifica os seguintes riscos domésticos para o cenário básico para a inflação:
Por um lado, o processo de aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia é longo e envolve incertezas; o período prolongado com inflação alta e com expectativas acima da meta ainda pode reforçar mecanismos inerciais e retardar o processo de desinflação; há sinais de pausa recente no processo de desinflação dos componentes do IPCA mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, o que pode sinalizar convergência mais lenta da inflação à meta.
Por outro lado, a inflação mostrou-se mais favorável no curto prazo, o que pode sinalizar menor persistência no processo inflacionário; o nível de ociosidade na economia pode produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom; os primeiros passos no processo de ajustes necessários na economia foram positivos, o que pode sinalizar aprovação e implementação mais céleres que o antecipado.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros para 14,00% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta para 2017 e 2018 é compatível com uma flexibilização moderada e gradual das condições monetárias. O Comitê avaliará o ritmo e a magnitude da flexibilização monetária ao longo do tempo, de modo a garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5%.
A magnitude da flexibilização monetária e uma possível intensificação do seu ritmo dependerão de evolução favorável de fatores que permitam maior confiança no alcance das metas para a inflação no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e 2018.
O Comitê destaca os seguintes fatores domésticos: que os componentes do IPCA mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica retomem claramente uma trajetória de desinflação em velocidade adequada; e (ii) que o ritmo de aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia contribuam para uma dinâmica inflacionária compatível com a convergência da inflação para a meta. O Comitê avaliará a evolução da combinação desses fatores.
VITÓRIA DE TRUMP NOS EUA: (veja o que diz os analistas)
De maneira inesperada, o republicano Donald Trump chegou à presidência. No curto prazo, o maior nível de incertezas traz leve viés negativo para a economia norte-americana. No médio prazo, apesar do viés de maior expansão fiscal, sua magnitude ainda é bastante incerta. Neste contexto, não veem mudanças relevantes, a priori, na estratégia do Fed. Com o ambiente de maior incerteza, revendo a projeção para o câmbio ao final de 2016 para R$ 3,30/US$, patamar que deverá se manter até o final de 2017.
Por Leonyr Jacomel