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Expectativas para safra de inverno de 2017

COLUNA MARCIO

 

Nos estados do Sul do Brasil a semeadura dos cereais de inverno tem evoluído pouco, visto que inicialmente as chuvas e depois o período de estiagem atrapalharam o preparo da área e a semeadura e as primeiras geraram perdas relacionadas à erosão.

 

Além disso, muitas áreas anteriormente destinadas aos cereais de inverno estão sendo destinadas à formação de pastagens para o gado e, em parte do estado do Paraná, o trigo tem sido substituído pelo cultivo de milho segunda safra. A tendência é de redução para a área semeada de trigo de aproximadamente 10% em relação à safra passada. Essa redução ocorre em razão das dificuldades climáticas no início da época de semeadura, do custo de produção elevado e do baixo preço pago ao produtor.

 

A expectativa de rendimento para os cereais de inverno nesta safra é menor em relação à safra anterior, em função da dificuldade de semeadura e das condições climáticas menos favoráveis no inicio do desenvolvimento das culturas. Apesar dos entraves e frustrações para a safra, os benefícios diretos e indiretos do cultivo de trigo e dos demais cereais de inverno, ao longo dos anos, são maiores do que a alternativa de manter as áreas em pousio.

 

Entretanto, existem áreas agrícolas no período outono-inverno, que poderiam ser ocupadas com culturas de meia estação ou mesmo de inverno. Para exemplificar essa situação, cerca de 16,1 milhões de hectares são cultivados com soja, milho e feijão no verão no Sul do Brasil e somente 2,2 milhões são cultivados no inverno com culturas produtoras de grãos.

 

As culturas de estação fria contribuem para a conservação do solo, enquanto a monocultura da soja e o pousio durante o inverno tem deixado o solo descoberto depois da sua colheita, pois esta não produz grande quantidade de palha que, por sua vez, apresenta rápida decomposição. A palha da soja, somada ao azevém espontâneo que germina na área, não deixam mais do que 6 toneladas por hectare, sendo que o ideal seria uma produção de mais de 8 toneladas.

 

No sistema de plantio direto a rotação de culturas é fundamental, pois promove a melhoria da estrutura do solo e a ciclagem de nutrientes. A quantidade e qualidade do resíduo das plantas estão relacionadas ao tempo que eles persistem na superfície do solo e determinam a eficiência do plantio direto, o que reforça a importância de um sistema de rotação de culturas adequado.

 

Porém, áreas que no verão cultivam soja e no inverno são destinadas ao pousio, com o passar dos anos, ocorrerá a degradação física, química e biológica do solo e, consequentemente, a redução da produtividade das culturas.

 

Fonte: Embrapa Trigo e Conab

 

ARTIGO PROGRAMA SIMPATIA NO CAMPO

Professores: Dr. Marcio Zilio e Dr. Milton da Veiga

 

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