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Síndrome de Congestão Pélvica

PADRÃO COLUNA SAÚDE02

 

As varizes pélvicas são veias dilatadas que surgem principalmente ao redor do útero, trompas e ovário, na mulher. As varizes pélvicas dificultam o retorno do fluxo do sangue para o coração e causam dores crônicas abdominais. Essas veias contem válvulas e são de extrema importância para a drenagem venosa da pelve, por outro lado, quando elas se tornam insuficientes, irão resultar na formação de veias dilatadas e dolorosas, as varizes pélvicas. A dilatação das veias na pelve ocorre pelo mesmo motivo que a dilatação das veias nas pernas (varizes) a falha de suas válvulas e o aumento da pressão venosa.

 

Não há estudos clínicos que comprovem as causas específicas para o desenvolvimento da patologia. Mas alguns quadros fisiológicos podem favorecer o desenvolvimento da síndrome. Os principais fatores de risco para o surgimento de varizes pélvicas são: hereditariedade (tendência genética), gravidez (aumento da pressão nos vasos pélvicos) e episódios de trombose venosa prévios.

 

A presença de varizes pélvicas em mulheres em idade reprodutiva, principalmente após os 30 anos, é uma das principais causas de dor pélvica crônica (DPC), podendo se manifestar como cólicas menstruais fortes, sangramento menstrual aumentado, sensação de peso em baixo ventre na fase pré-menstrual, desconforto durante e/ou após as relações sexuais, urgência miccional, sintomas esses que levam à angustia, baixa autoestima e depressão.

 

O diagnóstico inicial pode ser feito pelo ginecologista, que inicia a investigação, preferencialmente com um exame de eco color Doppler, exame de mais fácil acesso e que permite o estudo dinâmico do fluxo venoso, com a visualização de refluxos e estase venosa. A avaliação pode ser feita também através de angiotomografia computadorizada (TC), ou angioressonancia nuclear magnética (RNM). O tratamento inicial das varizes pélvicas consiste na terapia medicamentosa oral, o que normalmente melhora os sintomas, mas nem sempre são efetivos para acabar com o problema.

 

A embolização consiste na colocação de pequenas molas dentro das veias pélvicas que se encontram dilatadas para bloquear o fornecimento de sangue para as veias e diminuir, dessa forma, os sintomas. A intervenção dura a cerca de 1 a 3 horas e geralmente não é necessário internamento hospitalar. No dia posterior ao procedimento, o paciente retorna as atividades cotidianas, tomando analgésico se necessário.

 

 

Dr. Alex Lazzari Dornelles,

Médico Cirurgião Vascular

Cooperado Unimed Chapecó

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